segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A EMBIRA
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
SUGESTÃO À CÂMARA MUNICIPAL DE RAFAEL GODEIRO-RN:
A câmara municipal de Rafael Godeiro-RN, deveria publicar através do blog de divulgação da prefeitura; todas as matérias votadas na referida câmara (Requerimentos, moções, etc), apresentados e propostos pelos senhores vereadores; a exemplo do que fazem outras câmaras municipais. Esta seria uma forma de tornar transparente os atos do executivo municipal.
E por falar nesse assunto; o Rafael-Godeirense, Raimundo Capitulino, deveria ser homenageado com o título de cidadão Rafael-Godeirense ou Rafaelense, pelos longos anos de serviços prestados a população do município; na qualidade de primeiro “farmacêutico”; dono de uma pequena farmácia que atendia toda demanda da população, principalmente na década de 60, quando havia somente sua pequena farmácia na antiga Várzea da Caatinga. Raimundinho Capitulino, como é mais conhecido; se deslocava em sua bicicleta até os mais longínquos sítios e povoados para levar seus medicamentos e associados a seus conhecimentos básicos em “farmacologia”, realizar pequenas intervenções cirúrgicas; que muitas vezes fizeram o diferencial de uma boa recuperação e cura do problema de saúde apresentado pelo doente (paciente). E tudo isso pelo simples prazer de ajudar ao próximo.
Portanto, o referido cidadão foi de suma importância para o município e merece ser homenageado “em vida”.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
PASSEANDO POR RAFAEL GODEIRO-RN NA DÉCADA DE 60 (primeira parte):
Vamos caminhar por Rafael Godeiro-RN, pelos idos de 1968/69. No centro comercial havia as “bodegas” de Chico Raimundo, Zé Alexandrino, Tião Chico, Severino de Araclides, e outras. A estrada de acesso a cidade dava-se pela rua de Braz. O velho grupo escolar Raimundo Nonato, ficava atravessado na avenida Benedito Julião de Medeiros, onde hoje é a casa de Chiquinho Menezes. O velho grupo teve que ser demolido para dar lugar a nova estrada de acesso a cidade, criada com a construção do açude público. Os outros comércios da margem direita, ou seja do lado da prefeitura, eram: a padaria de Nicolau, a “bodega” de Sebastião Soares, a saboaria de Gonçalo e uma pequena loja de tecidos de Zé Almeida.
No prédio da prefeitura foi colocada uma televisão pública, onde todas as tardes e noites, aglomerava-se um grande número de espectadores para assistir filmes e novelas. Nessa época o grande sucesso da televisão era a novela “Jerônimo, o herói do sertão”. Alguns anos mais tarde foi construída a praça ao lado da igreja; então a televisão pública foi transferida para lá. Na praça ficava melhor de assistir televisão, pois tinha os bancos para se ficar sentado. Antes de ser construída a praça ao lado da igreja; era só um descampado favorito dos “redemoinhos”. A igreja era ladeada por várias figueiras, dando sombras agradáveis para amarrar burros. Não tinha aquela ridícula caixa d’água matando a visão da igreja. Tomar um cafezinho, era no café de João Flor. Comer um quebra queixo, era com João Mariano. Precisou de um remédio, um “caxete”, era na farmácia de Raimundinho Capitulino. Ir prá feira de Patu, era no caminhão Chevrolet 62 de Bertoldo. Jogar cartas (sueca, buraco, etc), era na casa de jogo de França. Romeiros e ciganos perambulavam pelos quatro cantos da cidade, em busca de “arrancho”. Os ciganos eram grandes trocadores; eles trocavam anéis, correntes e relógios por burros, cabras e o que aparecesse pela frente, também tinham fama de ladrões. Já os romeiros, passavam em comitiva, em romaria com destino ao Canindé ou Juazeiro do Norte-CE. Muitos se juntavam a tropeiros que seguiam no mesmo rumo.
Brigas entre famílias pela posse de terras eram comuns. Muitas brigas acabavam em morte ou até várias mortes. Nos idos de 68/69, não havia água saneada na cidade; então era comum ver grande número de pessoas puxando as famosas “roladeiras” pelas estradas em busca de uma cacimba com água de boa qualidade. Aqueles que não dispunham de uma “roladeira”; transportavam a água em barris ou “ancoreta” no lombo de jumentos. A água trazida para casa ficava armazenada em potes de barro ou tanques. Nessa época a vida era difícil para donos de casas. A cidade de Rafael Godeiro, começava onde hoje é a casa de Américo Mariano e terminava na casa de Zé Bertoldo. Nessa época a cidade não possuía telefone; o único meio de comunicação era por carta; que vinha primeiro para o correio de Patu, que mandava um funcionário entregar em Rafael Godeiro. Não tinha ônibus que passase por Rafael Godeiro-RN, nos idos de 68/69; era necessário descer do ônibus na rodovia de acesso a Patu, na entrada de Rafael Godeiro; mais precisamente onde hoje é o posto de Petronilo. E ir a pé os sete quilômetros até Rafael Godeiro ou então pegar carona em algum carro. Dificuldade também para quem ia viajar de trem. Tinha que sair a pé até a estação de Patu ou de Almino Afonso. Quando alguém ficava doente, era tratado em casa, a base de remédio caseiro; mas se fosse muito grave, era transportado em lombo de burro, ou num jeep até Patu, onde funcionava o hospital mais próximo. Na época de inverno a cidade ficava completamente isolada; pois com a cheia do rio, não dava passagem; era preciso atravessar o rio a nado; foi então que surgiu a necessidade de se construir o açude e o acesso passar a ser por sobre a parede do mesmo.
Com a readequação da estrada de acesso ao município; surgiram melhorias bastante significativas para o município; tais como: Um posto de serviço da antiga TELERN foi instalado, deixando a cidade conectada com o resto do mundo. Foi implantado o sistema de abastecimento d’água da CAERN. O ônibus que fazia a linha Pau dos Ferros à Natal, passou a circular dentro da cidade; o que facilitou muito a vida daqueles que viajavam com mais freqüência a Natal; como era o caso de muitos comerciantes que vinham a Natal fazer compras para abastecer seus comércios.
OBS.: Posteriormente publicarei a segunda parte.