domingo, 28 de fevereiro de 2010

A MASSIFICAÇÃO DO ENSINO:

Em artigo da semana passada, que questionava de quem era a culpa pela má qualidade da educação, supomos que era de todos nós. Foi feita uma divisão da culpa para não pesar tanto.
Mas existe um outro fator que muitas vezes nem é levado em conta: a massificação do ensino.
Ao comparar a educação dos anos 50 com a de hoje, podemos ver que houve muitas mudanças. Antes a escola não era acessível a todos, não existia fartura de material didático, não existia tanto investimento em educação, não havia facilidades para que o aluno fosse aprovado, passava quem sabia, entre outros.
Mas a escola era mais bem cuidada, o professor mais prestigiado, a profissão era nobre, havia respeito, e as pessoas viam a educação de uma forma importante.
Hoje, essas coisas pouco existem. Não há mais respeito, muitas vezes, nem por parte do gestor, que vê o professor como um subordinado. O próprio sistema cria contrariedades. Precisamos formar mentes que pensam, que criam, que aprendem. Mas ao mesmo tempo, o sistema incentiva a empurrar mesmo quem não aprendeu. E a educação vai sendo levada como uma mudança de estado apenas: antes era assim; hoje tem que ser assim.
Por esse lado, a massificação do ensino, a universalização da escola foi prejudicial, porque não deu condições de que, mesmo acontecendo esse processo, permanecesse a mesma qualidade ou o mesmo cuidado que se tinha antes com relação ao professor e ao ensino.
Quem estudou em outras décadas sabe como a educação mudou.
Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

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