ANGRA DOS REIS - Os festejos pela comemoração dos 50 anos de Brasília, no dia 21 de abril, devem ficar sem uma de suas principais estrelas. Temendo associar seu nome aos sucessivos escândalos gerados a partir do chamado Mensalão do DEM, que sangra diariamente a imagem do governador José Roberto Arruda, o empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena, anunciou que o cantor não deve mais participar da festa. Segundo Dodi, não há como comprovar a origem do dinheiro que serviria para pagar o cachê do Rei, o que acabaria expondo a imagem de uma das principais estrelas da MPB.
– O Roberto não vai mais cantar no show de Brasília – disse Sirena, ainda no navio Costa Concordia, onde o Rei participa do projeto Emoções em Alto Mar dando shows no imenso navio de bandeira italiana, onde ele está desde o último dia 30.
O maior temor do empresário e do próprio cantor é que Roberto Carlos seja convocado a depor numa eventual CPI na Câmara Distrital, que vem sendo palco de batalhas diárias pelo seu controle entre situação e oposição, já que não há como garantir a origem do dinheiro que pagará o seu cachê. A decisão foi estudada com calma, pois já estava tudo praticamente acertado para a participação de Roberto nas comemorações da cidade que diz tanto gostar. O empresário não revelou quanto o Rei cobraria para participar doevento, marcado para 21 de abril.
Roberto, no entanto, não se furtou a falar do país durante sua entrevista coletiva, apesar de seu costumaz distanciamento quando o assunto é política. Mesmo frisando que não entende de economia e que sua praia é “fazer e cantar música”, deixou bem clara sua simpatia pela maneira como o país vem sendo conduzido ao elogiar a política econômica, que segundo ele ajuda a impor uma imagem positiva do Brasil no exterior. Eterno otimista, aposta que o país vai melhorar ainda mais se mantiver a receita.
– Eu acredito no Brasil. Hoje, lá fora, o país é respeitado. Sou um otimista e tenho certeza que as cosias vão melhorar ainda mais por aqui. O Brasil está numa situação que me deixa muito feliz – concluiu.
(Colaborou Marina Cohen).
Fonte: Jornal do Brasil (André Balocco)
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