Atualmente, pela legislação que rege o policiamento, um policial lotado em Natal não pode, por exemplo, ir buscar um criminoso que esteja agindo logo ao lado, no bairro de Nova Parnamirim, por exemplo. O limite dificulta a ação policial e o prejuízo maior é das menores cidades da região metropolitana, que só podem contar com seu próprio efetivo.
A interoperabilidade deve ser instituída a partir da criação do Comando do Policiamento Metropolitano (CPM), que deve substituir o Comando do Policiamento da Capital (CPC). Com isso, os policiais militares que trabalham na região conturbada seguirão um mesmo comandante, contando inclusive com um mesmo serviço de comunicação.
Hoje em dia, quem está em Parnamirim e liga para o 190 em busca de socorro entra em contato com o 3º BPM que, por sua vez, só pode acionar viaturas e policiais lotados naquele município. Com o novo sistema de comunicação, o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP), na capital, vai poder entrar em contato com qualquer guarnição da Grande Natal.
O comando da PM acredita que até o fim de novembro o CPM deve ser instituído de direito. De fato, alguma coisa já está sendo feita e aos poucos policiais de Natal começam a trabalhar em blitzes e operações realizadas em Parnamirim. A medida deve beneficiar principalmente municípios como São José dos Mipibu e Monte Alegre, cujo efetivo policial é reduzido. A interoperabilidade já acontece também em praias como Muriú e Grançandu, para onde foram mandadas viaturas que inicialmente eram lotadas em Natal.
Prefeitos pedem atitude do Governo
No dia 21 do mês passado, os prefeitos de Apodi, Itaú, Caraúbas e Felipe Guerra, mais o chefe de gabinete da prefeitura de Severiano Melo (municípios do Médio Oeste Potiguar) se reuniram e foram até a Sesed cobrar mais empenho na segurança da população. Os prefeitos reclamaram ao secretário Agripino Neto que em suas cidades os criminosos estavam agindo livremente.
As principais reivindicações foram o aumento do efetivo e a melhoria na quantidade de viaturas que patrulham a região. Os prefeitos ressaltaram que as drogas, principalmente o crack, invadiram as cidades, atingindo em cheio a juventude. Enquanto isso, a polícia não encontra formas para combater o tráfico. Itaú e Felipe Guerra, por exemplo, não contam com um agente de Polícia Civil sequer, muito menos delegado.
Na ocasião, o secretário Agripino Neto considerou justas as reivindicações dos prefeitos, mas reconheceu que naquele momento não seria possível atendê-los de pronto. E disse que a situação dos policiamentos ostensivo e investigativo deve melhorar quando forem concluídos os concursos que estão andamento.
Fonte: Jornal de Fato
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