segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DA ENERGIA A MOTOR À ENERGIA ELÉTRICA:


Em 1966 a energia elétrica ainda não havia chegado a Várzea da Caatinga. Candeeiros, lamparinas e lampiões; é que iluminavam as casas. A prefeitura de Várzea da Caatinga adquiriu um motor gerador a óleo diesel; e implantou a energia a motor. Postes de carnaubeiras foram colocados nas ruas próximas a igreja e o comércio. Lâmpadas de baixa woltagem foram colocadas nos postes. A iluminação era fraca. A energia a motor servia somente para a iluminação pública. Ao anoitecer, o motor era acionado, iluminando a “RUA”. Às dez horas da noite, o motor era desligado; ficando a “RUA” às escuras. Faltando cerca de quinze minutos para as dez horas; o motor era desligado e religado em seguida; produzindo um piscar das luzes; esse era o sinal de que o motor seria desligado em quinze minutos. Quando era dado o sinal de desligamento; as pessoas que estavam passeando pela “RUA”, tomavam suas bicicletas ou burros e voltavam para suas casas.

A chegada da energia elétrica em Várzea da Caatinga deu-se no início da década de 70. O velho candeeiro tornou-se inútil. Poucas casas ainda usavam o candeeiro; pois tinham medo da energia ou moravam afastados da rede de distribuição. Com a chegada da energia elétrica; o velho motor gerador que era utilizado para fornecer poucas horas de energia por noite (somente para iluminação pública), ficou esquecido e abandonado num quarto pequeno e escuro. Com a energia o comércio se modernizou e se expandiu . As bodegas passaram a ter geladeiras, com cervejas e refrigerantes. O comércio passou a fechar as portas mais tarde, do que antes da energia elétrica. O movimento a noite passou a ser maior do que durante o dia. De simples bodegas passaram a funcionar como bares. As maiores bodegas eram as de Severino de Araclides; Zé Paulo; Onilson; Tião Chico; Zé Alexandrino, etc. O Centro comercial formou-se ao redor do barracão; formando um retângulo e o barracão no centro. O barracão passou a ser usado para festas. O velho barracão de estacas e palhas de oiticica; foi demolido e em seu lugar foi construído um novo barracão de tijolos e telhas, com o piso cimentado próprio para as danças.

Rubens Campos



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